A Associação Artística de Socorros Mútuos completou 122 anos de existência (1892), sendo a mais antiga colectividade do Concelho e uma das mais antigas do distrito de Viseu. A direcção, presidida por José Manuel Mendes não quis deixar passar a efeméride e promoveu um conjunto de iniciativas, apresentando um programa de cerimónias, de que se destacou o hastear de bandeiras na sede (9.00h), romagem ao cemitério (9.30h), sessão solene na Galeria de Exposições do Mercado Velho (17.30h) e missa de acção de graças na igreja matriz (18.30h).
A sessão solene, com a presença do Presidente do Município, teve igualmente na mesa de honra, o Presidente da Assembleia Geral, Manuel Andrade, o Presidente da Direcção, José Manuel Mendes, Inês Borges, membro da Direcção, José Cid Borges, ambos filhos do associado Mário Borges, recentemente falecido e homenageado nesta sessão com a atribuição do Prémio de Pintura Associativismo Mário Albino Borges. Ainda a viúva do falecido.
A sessão teve início com a entrega do “Prémio de Pintura Associativismo Mário Albino Borges”. Inês Borges, filha do antigo dirigente realçou as qualidades associativas e profissionais de seu pai através da sua acção na associação. O 1º prémio, no montante de 500 euros, foi atribuído entregue a Roxanne Bueso, da Figueira da Foz, com a sua obra “Ao Som Dela”. Menções honrosas para os candidatos Luís Morgadinho (Seia), Pedro Prata (Coimbra) e ainda menção honrosa extraordinária, pela qualidade artística do trabalho de Susana Chasse (Lisboa).
João Cid Borges, também filho do homenageado, leu um trabalho elaborado pelo pai ainda em vida, destinado a ser lido pela altura do 121º aniversário da associação mutualista.
Após o discurso do Presidente da Direcção, José Mendes, que enunciou alguns projectos, ideias e desafios que se prendem com o dinamismo a imprimir à Associação, encerrou a sessão o Presidente da Câmara Municipal de Tondela, José António de Jesus, que saudou todos os presentes, felicitando todos os associados e os corpos directivos por todos estes anos de participação associativa. O autarca salientou a importância dos 122 anos de vida da instituição. Disse que “a data não pode ser vista aos olhos de hoje. Hoje, felizmente, vivemos numa sociedade onde o apoio solidário está presente, onde temos uma rede de cuidados primários de saúde, mas há 122 anos a sociedade portuguesa era muito diferente, em que os bens básicos não existiam. O concelho tem hoje uma rede social de IPSS’s e de misericórdias, que cobre as necessidades dos seus habitantes”. Terminou com uma palavra de esperança no futuro, numa cidadania activa e de apoio aos mais desfavorecidos
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