A sessão decorreu no auditório da Associação de Municípios da Região do Planalto Beirão, situada no Borralhal, na União de Freguesias Barreiro de Besteiros/ Tourigo.
Na sua intervenção, José António Jesus aludiu aos efeitos dos dois dias de incêndios de outubro do ano passado, que “continuam a ser drásticos”.
“Os solos ficaram cobertos de cinzas, o que contribui para reduzir a capacidade de retenção e de infiltração de água das chuvas e leva a um aumento do escoamento à superfície do solo o que, por sua vez, conduz ao aparecimento de fenómenos de erosão. A erosão do solo será tanto maior quanto maior for o declive e quanto mais exposto ficar o solo”, referiu.
De acordo com o presidente da Câmara de Tondela, a qualidade da água merece toda a sua atenção, “desejando-se medidas céleres no tratamento das linhas de água, para que não esteja em causa a sua utilização na rede pública”.
“A recuperação após um incêndio demora muito tempo, os danos têm um valor económico e ambiental gigantesco, pelo que seja cada vez mais importante atuar em matéria de prevenção. Todos nós devemos agir como agentes primeiros de proteção civil, fazendo a limpeza dos nossos terrenos e evitando comportamentos de risco: a pedagogia e a sensibilização são essenciais”, destacou.
Na sua intervenção, José António Jesus deixou ainda vincado que, sem cadastro, não pode aceitar que “se empurre para o poder local uma imposição que o poder central manifesta ser incapaz de resolver”.
No que toca a investimentos financiados pelo PO SEUR, na área dos resíduos urbanos, o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, informou que foram aprovados 64 projetos – sendo 58 em Portugal continental e seis nas regiões autónomas -, que se traduzem, até 2020, num investimento total de 257 milhões de euros.
“São 257 milhões de euros que irão ser aplicados apenas nos resíduos sólidos urbanos financiados através do POSEUR, dos quais aproximadamente 160 milhões de euros são no continente”, indicou.