O projeto tem por bases o estudo arqueológico, a conservação e musealização da Estação de Arte Rupestre de Molelinhos, cuja finalidade foi a respetiva proteção e recuperação patrimonial. A intervenção integrou um pequeno parque para veículos, com a utilização de materiais existentes nas redondezas, o xisto. A continuidade é feita por uma calçada em ligeiro declive, de xisto, delimitada num dos lados por um muro em xisto e por estacas em madeira tratada e painéis de rede em reticula, amparando desta forma o crescimento do azevinho e do medronheiro. No percurso de aproximação à estação encontra-se o abrigo, como local de reunião para os visitantes, onde têm um primeiro contacto com a história da estação. No seguimento deparamo-nos com as plataformas que constituem o circuito. O percurso, organizado circularmente, permite a revisita, sendo que os troços do percurso estão delineados de modo a que se tenham as melhores condições de observação dos painéis.
ENQUADRAMENTO TÉCNICO
As obras de musealização da Estação de Arte Rupestre de Molelinhos, com vista a implementação do circuito de visita, tiveram como suporte uma candidatura à ADICES (Associação de Desenvolvimento Local), integrada no processo de Gestão do Subprograma 3 do PRODER – Abordagem Leader (medida: 3.2 – Ação 3.2.1 – Conservação e Valorização do Património Rural).
Por outro lado, para que a obra se concretizasse, foi necessário proceder ao enquadramento legal que este tipo de intervenção exige, analisando, deste modo, a implementação do projeto no âmbito do Plano Diretor Municipal, da RAN (Reserva Agrícola Nacional), da REN (Reserva Ecológica Nacional) e no domínio hídrico pela APA (Agência Portuguesa do Ambiente). Obtiveram-se os pareceres favoráveis à implementação do circuito de visita. Neste campo, o parecer da Direção Geral do Património Cultural, entidade que rege o património cultural, foi determinante para a viabilização do projeto, o que muito prestigia esta intervenção.