O evento foi inaugurado pela presidente da autarquia, Carla Antunes Borges. Na sessão participaram ainda o vereador da educação, João Carlos Figueiredo, e os diretores dos agrupamentos de escolas do concelho.
Na assistência estiveram utentes da Vários, do Centro de Animação Local de Vila Nova da Rainha, alunos da Escola Profissional de Tondela e as crianças que frequentam os jardins de infância de Barrô, Santiago de Besteiros, Tondela e da Misericórdia de Tondela.
“Hoje é um dia muito importante. É o dia em que a Festa do Livro e da Leitura faz 18 anos, atingiu a sua maioridade”, começou por dizer a presidente da Câmara, explicando que o evento tem “renovado todos os anos o seu objetivo de promover o livro e a leitura junto do público escolar e da restante comunidade”.
“Ao longo destes 18 anos, temos não só promovido o hábito e o gosto pela leitura, como garantido o acesso às obras literárias. A nossa festa ajudou a ampliar a cultura e o conhecimento das nossas crianças, dos jovens e de toda a população”, vincou Carla Antunes Borges, mostrando-se orgulhosa do que o evento conseguiu alcançar desde a primeira edição.
“A Festa do Livro e da Leitura tem sido um êxito e estou certa que assim continuará nos próximos anos”, afirmou.
Recordando a frase do escritor francês Saint-Pierre, que escreveu que “Um bom livro é um bom amigo”, a autarca disse aos mais novos que “os livros são amigos” e que os devemos “ter sempre perto de nós”.
A presidente da autarquia enumerou depois alguns benefícios da leitura que, defendeu, “é um pilar fundamental para o desenvolvimento individual e coletivo” e um caminho “para se alcançarem conhecimentos”.
Na era das novas tecnologias, em que os ecrãs dos telemóveis e dos computadores dominam, Carla Antunes Borges, desafiou ainda os alunos do concelho a darem uma oportunidade aos livros, levando-os com eles, explorando o seu mundo e as suas palavras.
Após a abertura seguiu-se a apresentação da peça “A caixinha de música e o bailarino de Abril” pelo Grupo de Teatro Quinta Oficina, a inauguração das quatro exposições que integram a festa e uma visita à feira do livro.
Este ano estão disponíveis centenas de títulos. Oito escritoras locais aceitaram o desafio da organização e disponibilizaram para venda as suas obras. Participam na feira Annaa Novo, Dora Ribeiro, Fátima Pereira, Inês Borges, Jacinta Lopes, Joana Mota, Susete Rodrigues e Tânia Matos.
“A todas elas o nosso muito obrigada por terem aceitado fazer este caminho. Estamos certos que com esta participação as suas vozes vão chegar ainda mais longe e que elas serão um exemplo para outros abraçarem o desafio da escrita”, declarou a edil.
Pedro Chagas Freitas, Paulo Azevedo e Ricardo Esteves são os três escritores convidados para esta 18ª edição da Festa do Livro e da Leitura. O programa do evento inclui, além destes encontros e das exposições, peças de teatro que, entre outros temas, exploram o 25 de Abril, isto no ano em que se completam os 50 anos da Revolução dos Cravos.
“Quisemos trazer atividades que recordassem e evocassem este dia histórico, o Dia da Liberdade. A nós, os filhos da revolução, cumpre-nos o dever de lembrar essa data e garantir que o espírito de Abril permaneça vivo”, concluiu a presidente da Câmara.
Programa
A Festa do Livro e da Leitura prossegue esta quarta-feira 8dia 10), pelas 10h00 e 11h00, com uma nova apresentação da peça “A caixinha de música e o bailarino de Abril” na Biblioteca Municipal.
Na quinta-feira (dia 11) pelas 09h00, 11h00 e 14h30 e na sexta-feira (dia 12), às 09h00, é a vez de o Grupo de Teatro Cafinvenções subir ao palco do Auditório Municipal com a peça “O tesouro”.
Ainda na sexta-feira será apresentado o eBook com os textos elaborados pelos alunos e pelos adultos que participaram nas oficinas de escrita realizadas no festival Montanha Literária.
Já pelas 21h00, na Biblioteca Municipal, acontecerá uma conversa com o padre e escritor Ricardo Esteves, autor das obras “Reflexões Diárias” e “Viver a Vida na Hora da Morte”.
No sábado (dia 13), novamente na Biblioteca Municipal, decorrerá um encontro com Paulo Azevedo, escritor, ator e orador motivacional, autor da obra “Não há impossíveis”.
O festival prossegue no domingo (dia 14) com a apresentação da peça “O Rei Midas”, pelas 15h00, na Biblioteca Municipal, pelo Grupo de Teatro Animateatro.
Na próxima segunda-feira (dia 15) às 10h00, 11h00 e 14h30, mais uma vez no mesmo equipamento municipal, pode ser vista a peça “Dona Rosa e os 25 Cravos” do Grupo de Teatro Muito me Contas. A mesma criação é apresentada no dia seguinte pelas 10h00 e 11h00.
Já no dia 18 (quinta-feira) subirá ao palco do Auditório Municipal, pelas 08h45, 10h30 e 14h30, a peça “A revolução está no meu sótão” pelo Grupo de Teatro Diogo Carvalho.
Para o dia 20 (sábado) foi agendada, às 21h00, na Biblioteca Municipal, uma conversa com Pedro Chagas Freitas que, entre outros livros, escreveu “Prometo falhar”, “Prometo amar”, “A raridade das coisas banais” e “É urgente amar”.
Para fechar no dia 21 (domingo) realiza-se, às 15h00, na Biblioteca Municipal, a apresentação da peça “Trupe de Histórias – Figos” da Associação Cultural Zunzum.
Durante o evento estão ainda patentes quatro exposições na Biblioteca Municipal, nomeadamente “Liberdade”, do Agrupamento de Escolas Cândido Figueiredo, “Os sentidos da liberdade”, da Escola Secundária de Tondela, “Leitura(s) da Biblioteca da Censura”, do mesmo estabelecimento de ensino, e “(Re)criação de capas de livros censurados durante o Estado Novo”, também da secundária tondelense.
