O Aterro Sanitário, localizado no Borralhal, foi duramente atingido pelos incêndios de outubro do ano passado, tendo as chamas consumido todo o perímetro da área de deposição, para além da estrutura de produção de biogás ter ficado destruída, assim como a área de recolha seletiva.
Na sua intervenção, o presidente da Câmara  Municipal de Tondela, José António Jesus, destacou que o Aterro Sanitário do Planalto Beirão é “uma das principais estruturas do país na área da recolha, tratamento e gestão de resíduos, mas acima de tudo uma unidade que procura a excelência”.
“Se é verdade que perante uma emergência tínhamos de encontrar uma estratégia, também quisemos e queremos olhar mais longe: desde já pela circunstância de estarmos a promover a selagem definitiva de praticamente 50% da área potencialmente utilizável para este espaço de deposição de resíduos. Desde logo, por estarmos a implementar soluções com outra qualidade estrutural para a proteção do ambiente, nomeadamente na gestão dos lixiviados”, acrescentou.
José António Jesus sublinhou ainda o facto de se estarem “a potenciar todas as condições necessárias para garantir a duplicação da capacidade de gestão de resíduos valorizáveis”.
“Quereremos também, nesta ótica de visão futura, contribuir para uma estratégia nacional, que acelere de forma mais vincada a eliminação da deposição de resíduos em célula. Para isso, para além do contributo que será determinante na potenciação dos valorizáveis, haverá sempre uma fração resto, que não será passível de valorização económica, no domínio da Economia Circular, e para a qual importa ter soluções alternativas, que não sejam a deposição de resíduo”, referiu.
Nesta sessão esteve também o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, que apontou a importância de se ter encontrado uma rápida solução para o Aterro Sanitário, no pós incêndios de outubro do ano passado, evitando aquilo que podia ter sido uma catástrofe ambiental.
“O incêndio de outubro do ano passado ficará na memória de todos nós, mas também espero que fique na memória que conseguimos construir um futuro. No fim dos trabalhos, concluídos daqui a seis meses, acho que deixaremos melhor ambiente, melhores condições de sustentabilidade, onde o risco existiu, mas soubemos mitigá-lo”, concluiu.