Na sua intervenção, a vereadora da Câmara Municipal de Tondela aludiu ao futuro centro oncológico do Centro Hospitalar, apelando a que se defina o seu modelo técnico, seja de agregação ou afiliação.
"Após quase dois anos da presença do então secretário de Estado da Saúde, neste mesmo local, e da assunção da construção, assistimos a sucessivos episódios de equívocos, supostamente alimentados pela discussão do modelo funcional. A pergunta é óbvia: está o modelo funcional e financeiro garantido? Como será custeada a obra? Com verbas do Orçamento de Estado?", questionou.
De acordo com Sofia Ferreira, se na reprogramação dos fundos comunitários não se vislumbram recursos no Centro 2020 para tal fim, urge encontrar respostas para todas estas questões.
O seu discurso debruçou-se ainda sobre a unidade de Tondela do Centro Hospitalar, apontando que "não podem deixar de ser desideratos estratégicos para a região", o valorizar as consultas externas e o serviço de ambulatório.
"Articular o serviço da urgência básica com profissionais do quadro do centro hospitalar, valorizando cuidados na urgência local, também contribuirá para atenuar o fluxo para esta unidade central. Por outro lado, os receios de deslocalização de serviços - como é o caso da unidade de esterilização, tal como já havia acontecido na área das análises laboratoriais, em nada contribuem para o reforço da importância regional da unidade de Tondela", referiu a vereadora da Câmara Municipal de Tondela.
Nesta ocasião, o presidente do Centro Hospitalar Tondela Viseu, Cílio Correia, destacou a importância da cerimónia de hoje e das devidas homenagens prestadas.
Aludiu ainda ao futuro Centro Oncológico, que considera tratar-se de um projeto estruturante, a par da requalificação e ampliação da urgência.
Nesta cerimónia, que contou também com a presença do diretor do ACES Dão Lafões, António Cabrita Grade, e do presidente da Câmara Municipal de Viseu, Almeida Henriques, foram atribuídas cerca de 60 medalhas de dedicação e mérito a profissionais no ativo, em situação de reforma e a título póstumo.
Foi ainda homenageado, ao longo da cerimónia, Manuel de Sá Correia, que também esteve presente.
Antes da cerimónia, teve lugar o descerramento da placa comemorativa dos 40 anos do Serviço Nacional de Saúde e homenagem póstuma ao seu fundador, António Arnault, e a todos os trabalhadores do Centro Hospitalar, com a plantação de uma oliveira, como símbolo da paz.
Seguiu-se, já no auditório do Centro Hospitalar, uma performance da ACERT, com alguns poemas de António Arnault.