Depois de ter descerrado a placa inaugurativa, acompanhada pelo presidente da União de Freguesias de Tondela e de Nandufe, Carla Antunes Borges lembrou que esta era uma intervenção há muito reclamada.
“É uma obra almejada por todos. Era uma obra fundamental porque a parte mais antiga do cemitério estava no limite das suas capacidades, estava com 99% de ocupação e isso era uma grande preocupação para todos nós”, explicou a autarca.
“Por isso é que nós de uma forma firme, determinada, afincada e empenhada iniciámos esta empreitada, que foi realizada apenas e exclusivamente com o orçamento do município”, acrescentou.
A intervenção custou cerca de 507 mil euros. Os trabalhos iniciaram-se a 1 de março e duraram cerca de nove meses.
“Esta obra traduz-se numa duplicação da capacidade que existia neste cemitério. Com esta ampliação temos mais cerca de 8 mil metros quadrados e conseguimos criar mais 308 novas sepulturas. Vamos ter mais 116 ossários e 102 columbários”, resumiu.
Foi também criada uma nova área, o jardim da memória, uma zona exterior ajardinada que pretende ser um local de recolhimento e de recordação daqueles que já não estão connosco e onde os familiares podem prestar homenagem aos seus entes queridos.
“É uma importante intervenção porque associado ao jardim da memória trazemos um sinal de modernidade, dos novos tempos, acolhendo as mais variadas necessidades e vontades dos nossos concidadãos”, frisou.
Carla Antunes Borges revelou que o projeto inicial sofreu alterações para incluir outras obras, como a requalificação do altar da capela que foi devolvido à cor original. O espaço religioso foi intervencionado no interior e no exterior.
O presidente da União de Freguesias de Tondela e Nandufe, Pedro Neves, também falou na inauguração de “uma importante obra para todos os tondelenses” e que era “há muito desejada por todos, pela sua necessidade e importância”.
“Agora que está concluída a obra do cemitério é necessário abraçar um novo projeto, melhorando os acessos e o estacionamento na envolvência do cemitério”, solicitou.
Na resposta a presidente da Câmara de Tondela garantiu ser uma preocupação do município os acessos ao cemitério, estando “prevista e projetada a criação de uma ligação entre as avenidas Dr. Francisco Sá Carneiro e das Comunidades”.
“Mas essa intervenção é bastante onerosa e não a poderemos levar a cabo sem financiamento comunitário ou sem financiamento dedicado. Lamento senhor presidente de junta, vamos ter que aguardar mais um bocadinho, mas acredite que é essa a nossa vontade e se rapidamente houver abertura de fundos comunitários, como esperamos ainda em 2024, pode contar connosco para fazer essa intervenção, como para melhorarmos os estacionamentos”, afirmou.
Além da ampliação do cemitério e da requalificação da capela, as obras englobaram a construção de novas casas de banho e a reabilitação do corredor de entrada. Os passeios, muros e espaços verdes também foram intervencionados. As antigas instalações sanitárias foram transformadas num edifício de apoio aos funcionários municipais.
Na cerimónia de inauguração do cemitério participaram os vereadores do executivo municipal, presidentes de junta e vários populares. O padre de Tondela, António Vítor Martins, benzeu todas as novas áreas.